16.6.09

- oi. - disse ele sem pretensão alguma, apenas sendo cortês.
- oi. - disse ela com todos os desejos do mundo.
- quantos meses?
- o quê?
mabel parecia presenciar uma epifania.
- a barriga...
- ah... 5 meses.
- legal. criança é sempre bom por perto. contagia.
- é.
afirmou sem razão. nunca foi fã de criança e essa, a sua, parecia pior que qualquer outra. mas não podia discordar daquele que parecia maravilhoso o bastante para ter sua opinião contrariada.
- então... você vem sempre aqui? - a frase mais clichê de todas soava como uma poesia aos ouvidos de mabel.
- sempre que posso. - respondeu suavemente.
- é a minha primeira vez. achei o lugar legal e resolvi entrar.
- pois é. bom pra refletir, colocar as idéias em ordem.
- deve ser. por enquanto gostei do chocolate.
mabel sorriu um sorriso terno e doce. quem a conhece saberia que ela estava diferente demais do que costumava ser.
- qual o seu nome?
- mabel.
- prazer, mabel. o meu nome é marcelo.
marcelo. esse era o nome.

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