hoje, na hora do banho, lá estava eu com meus botões pensando. pensando que eu já fiz inglês, espanhol, português e já quis falar francês. já fiz academia, natação e volei, pulei corda e pulei muro. já quis ser arquiteta, desenhista, coisa nenhuma e qualquer coisa. já quis ser escritora. já tentei fugir de amigos chatos, substituir pessoas e já quase morri de inquietação por não me encontrar. já me perdi e me achei. depois me perdi de novo. já quis morar em são paulo, em recife, em londres e na holanda. já quis nascer nos anos 60, quis ter uma casa na árvore e um amigo imaginário. já contei piada e não fui compreendida, já quis conseguir ler meus livros até o final. já quis ver todos os filmes do mundo e depois morri de preguiça. já quis descobrir coisas e lugares legais que ninguém conhece. já quis ser eu e fui outra pessoa. pensei ser outra pessoa quando era eu mesma. já quis amigos eternos. já quis ser autista, lunática, ausente e sozinha. já quis tudo e não fiz nada. já fiz tudo e não fiz nada. e já é, na verdade, ainda.

adoro muito esse clima.
soy do contra, 'she's only happy when it rains'


e hoje POR DEUS não tem aula.
final de expediente, unhas a fazer, filmes a assistir, chuva, sono.
nada melhor. thanks, god!


ps: nunca estou satisfeita, ainda queria uma massagista profissa pra completar.

esse blog é um refúgio de mim mesma.

a verdade é que eu quero muitas coisas simples, então pareço exigente.
f.y


faltei aula ontem
e queria faltar aula hoje e amanhã e depois
e dormir um sono profundo capaz de tirar minhas olheiras e meu sufoco há tanto sufocado em mim.


hoje o dia amanheceu chuvoso como nunca. o céu tá todo cinza. gosto disso. gosto desse clima nublado, embora não saiba andar de guarda-chuva. tsc.
então é isso.
bom dia, dia. hoje começa mais um episódio de minha monótona vida sentada em frente a um computador.

b
y
e

*-*

hoje sai! minha filhinha vai ser lindinha. depois coloco a foto. :)


ps: minha dor no ombro não me deixa sossegada.

quero
um
cantinho
assim.

ouvindo móveis colonias de acaju
no fundo, no fundo eu sabia que ia acabar gostando.
:}


meu seminário ontem foi supimpa. tremi nas bases, mas tudo bem.
preciso de um curso de oratória ur-gen-te!

aqui nesse barco ninguém quer a sua orientação
não temos perspectiva mas o vento nos da a direção
a vida que vai a deriva é a nossa condução
mas não seguimos a toa, não seguimos a toa


não.

amanhã será um longo dia. e eu deveria estar dormindo.

esperando pela morte
como um gato
que vai pular
na cama

sinto muita pena de
minha mulher

ela vai ver este
corpo
rijo e
branco

vai sacudi-lo e
talvez
sacudi-lo de novo:

“Henry!”

e Henry não vai
responder.

não é minha morte que me
preocupa, é minha mulher
deixada sozinha com este monte
de coisa
nenhuma.

no entanto,
eu quero que ela
saiba
que dormir
todas as noites
a seu lado

e mesmo as
discussões mais banais
eram coisas
realmente esplêndidas

e as palavras
difíceis
que sempre tive medo de
dizer
podem agora
ser ditas:

eu
te amo.



dentre outras coisas, clarah averbuck me despertou o interesse por bukowski.
fo-da!

eu ando pela vida à procura de alguém
que saiba compreender minha alma incompreendida,
alguém que queira dar-me a sua própria vida
como eu lhe dar pretendo o meu viver também...

a noite de ontem foi legal. gente boa, risadas, viagens. o que me rendeu uma sonolência incrível hoje, acompanhada de muita dor na perna e coisa e tal. fazia tempo que não me divertia tanto e me sentia assim, viva. o que vem depois a gente deixa pra depois.

agora à noite li uma entrevista com fernanda young e, sem querer ser pretensiosa, me identifiquei a lot. a mulher escreve bem e tem seus trinta e tantos anos, ok. mas consegui me sentir que nem ela em algumas respostas. e me sentiria confortável em parecer com ela quando os trinta e tantos chegarem.


now, estou ouvindo mombojó. é sério, não me canso, é muito bom. dá uma paz.

.dai-me outra cor, dai-me um amor, dai-me uma dor.

ouvindo cartola.



cansei de ser bipolar.
essa coisa de ficar triste e depois feliz e depois triste de novo (e do nada), não é nada bacana.

estou aqui de passagem
esse mundo não é meu
esse mundo não é seu


hoje vou fazer minha primeira filha uoww :}

ps: o carinha errou a data da minha filhinha. ficou pra quarta. ok, mundo, pare de conspirar contra mim, please.

mas o que quer dizer este poema? - perguntou-me alarmada a boa senhora.
e o que quer dizer uma nuvem? - respondi triunfante.
uma nuvem - disse ela - umas vezes quer dizer chuva, outras vezes bom tempo...

mário quintana.

“Escrevo porque preciso. Melhor, vivo porque escrevo.”

que livro é você?

meu resultado:

"Antologia poética", de Carlos Drummond de Andrade
"O primeiro amor passou / O segundo amor passou / O terceiro amor passou / Mas o coração continua". Estes versos tocam você, pois você também observa a vida poeticamente. E não são só os sentimentos que te inspiram. Pequenas experiências do cotidiano – aquela moça que passa correndo com o buquê de flores, o vizinho que cantarola ao buscar o jornal na porta – emocionam você. Seu olhar é doce, mas também perspicaz.



a verdade é que eu sou
profundamente
sensível.

preciso urgente de um curso
APRENDA TÉCNICAS DE FOTOGRAFIA EM 3 DIAS
alguém aí?

essa não é a vida que eu quis.
aos dezoito anos você acha que está certa em todos os sentidos.
e na verdade você não sabe de nada.

mas essa não é a vida que eu quis.
e disso eu sei. e disso eu estou certa.

saco cheio com esta cidade no mínimo provinciana. com este posto figurado de gente feia e que parece estar contente com tudo, mas ao mesmo tempo está sempre em busca de algo que se resuma em poder, dinheiro, status. saco cheio com o desamor. com essas pessoas que pensam que sabem de tudo e sabem de porra nenhuma. raiva! olhar pra baixo e ver um monte de carros bonitos, gente supostamente bem vestida e mente e coração arruinados. saco cheio. cheio de gente imbecil, de falta de ação, de ignorância. puta que pariu, será que ninguém nesse ambiente pensa? essa geração ferrada me envergonha, e me revolta mais ainda por saber que é a minha geração. e me açuca a vontade de sumir daqui.

dezoito anos de vida com cara de oitenta e dois.
protagonizada por nada que me satisfaça.


consolo: pior seria se pior fosse.

acordar. banho. escolher roupa. trocar de roupa. mudar de roupa. café da manhã. leite. cabelo. secador. blush. ônibus. gente. sol. loja. mombojó. ler. sono. escrever. sono.

tô ficando com medo das minhas palavras
elas têm poder

o cara que me leva pra faculdade misqueceu
nada de aula, nada de professor bundão, nada de propagandas, nada de nada
pelo menos por esta noite eu tô livreeeeeeeee
ok, eu não podia faltar. mas eu não faltei, eu fui esquecida. é diferente.

vou sair pra comemorar!




mentira. vou nada.

queria dormir bem muito
acordar sem ter nada pra fazer
depois passar o dia de camisola
perdir comida em casa, ouvir música alta
escrever
ficar longe de coisa chata e de obrigação por uns dez dias
depois tomar banho demorado
ver um filme bom que faz chorar
e dormir de madrugada me escondendo do frio

.

mas hoje passei a manhã trabalhando e jajá tenho aula
das brabas
e
não
posso
faltar! ok.


alguém me diz por que não pode ser como eu quero?!
hein?
tsc.

um barulhinho bom

nossinhora.
tô escutando há dias o mesmo disco do mombojó e não me canso. a voz suave e doce do felipe s. me deixa de bobeira. e as poesias singelas, de tão singelas, me passam algo tão grandioso...

.

eu quero ver você dançar
em cima de uma faca molhada de sangue
enfiada no meu coração

..

desde pequenina sou opiniosa e cheia de inxirimento. demorei pra me identificar com alguém - e até agora me identifico com quase ninguém. essa falta de identidade com o mundo deixa meu humor - não tão bom, diga-se de passagem - ainda mais aguçado. hoje passei o domingão em reunião com tios, primos, papagaio e cachorro, mas cheguei a me sentir um peixinho fora d'água algumas (muitas) vezes.

tsc tsc tsc.

fui ao cineport quinta e sexta. na quinta vi "nome próprio". o filme é uma adaptação das obras de clarah averbuck (ótima). ela deixa claro que o filme não é dela e tampouco da camila dela. a história é do murilo salles. interessante, intensa e um pouco cheia de repetições. mas no geral eu gostei. leandra leal peladona sem nenhum pudor, cheia de si. muito linda e admirável. e ontem vi "estômago". é divertido e previsível. mas arranca umas risadas da galera. nonato canivete é uma graça.

hoje, cá estou, cheia de olheiras e rímel borrado, cansadona e trabalhando.

é.

Eu não sou da sua rua

estou terminando de achar que as pessoas são muito chatas e, sei lá...

não sou daqui. mas quero ser de algum lugar que seja meu também.
:{