29.12.10

fim

seus olhos pareciam dois rios
marejavam sem saber o porquê
ou já sabendo e sem querer saber
engolia os dias à seco
passava as noites costurando versos bordados de amor
tinha esperança que um dia estaria são de novo
- ela vai voltar.
- amanhã vai ter sol.
diziam em coro as vozes mais gentis
até que um dia não aguentou mais ver o tempo dançando na sua janela
e morreu na esquina do seu último poema.

Um comentário:

Pedro Queiroz disse...

muito bom, tu arraza